sexta-feira, 31 de outubro de 2008
Coldplay | Lovers In Japan
terça-feira, 21 de outubro de 2008
Foi dEUS
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Aquando da competente actuação dos portugueses Os Pontos Negros, a prestação do Benfica não convencia. Enquanto no Estádio da Luz se via Di Maria e Makukula a acertar nos postes, na Aula Magna, Filipe Sousa e Jónatas Pires demonstravam em palco que Os Pontos Negros têm boas canções e que o álbum «Magnífico Material Inútil» é mais que uma mera versão portuguesa do movimento garage rock. É certo que «Conto de Fadas de Sintra a Lisboa» – excelente tema que, graças a dEUS, vem minando as rádios portuguesas – respira a mesma energia que move os The Strokes e Franz Ferdinand. Porém, e a meu ver, isso só demonstra inteligência e revela que a banda de Queluz está atenta às «novas» forças motrizes do rock.
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A menos de um km de distância o Benfica continuava a desperdiçar oportunidades atrás de oportunidades e quando Tom Barman e companhia subiram ao palco da Aula Magna, Reyes e Suazo rendiam Urreta e Balboa. Desliguei o rádio, pois estava na presença d(os) dEUS e pensei que no palco da Luz, após as alterações efectuadas, a partida tomasse o rumo desejado...
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Quanto aos acontecimentos no estádio da Luz, os relatos finais e captados já a caminho de casa, aludiam ao grande regresso de Moreira. Todavia, o que é que isso realmente interessa? «And there's always something in the air sometimes / suds & soda mix OK with beer can I / can i break your sentiment»…
domingo, 19 de outubro de 2008
dEUS | Eternal Woman
sábado, 18 de outubro de 2008
The Killers | Human
quarta-feira, 15 de outubro de 2008
Of Montreal | Id Engager
segunda-feira, 13 de outubro de 2008
2008 | Viagens à tasca em período de férias IV
A primeira aquisição foi o álbum conceptual do rapper Jay-Z. «American Gangster» é inspirado no filme, com o mesmo título, de Ridley Scott que documenta a história verídica de Frank Lucas (traficante de droga que, entre 1969 e 1975, dominou as ruas de Harlem, New York). Jay-Z, identificando algumas semelhanças entre a sua adolescência, passada em Brooklyn, e a história de Frank Lucas, gravou a versão em disco do que poderia ter sido a sua vida caso enveredasse pelo mundo da droga. Segundo o autor, quase todas as canções se baseiam numa cena específica do filme e em memórias de Jay-Z. Recordações pessoais e musicais. Desta forma, o álbum vive das crónicas de um gangster americano e da soul que marcou os anos 70. A mesma soul que inspirou «1972», o extraordinário álbum de Josh Rouse, surge aqui de mãos dadas com os beats e os loops que só Jay-Z consegue criar. «American Dreamin’», por exemplo, assenta num deleitoso sample de «Soon I’ll Be Loving You Again» do grande Marvin Gaye; o excelente «No Hook», recupera «Love Serenade» de Barry White; «Roc Boys (And The Winner Is…)», que conta com as vozes de Beyoncé, Cassie e Kanye West, contem um sample de «Make The Road By Walking» dos The Menahan Street Band; e «American Gangster» recorda Curtis Mayfield em «Short Eyes». A produção, entre outros nomes, ficou a cargo de Jay-Z, Antonio “LA” Reid, Diddy & The Hitmen, Just Blaze e The Neptunes. No campo das colaborações, além das supracitadas, encontramos ainda Beanie Sigel, Nas e Lil Wayne, o rapper mais quente da actualidade. Dados que fazem de «American Gangster» mais um excelente álbum na carreira de Shawn Carter.
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A segunda e derradeira aposta, com o selo da FNAC Bruxelas, foi «Transnormal Skiperoo», o quarto álbum de originais de Jim White. Um repetente no que toca a aquisições tasqueiras em período de férias, pois em 2007 foi «Drill A Hole In That Substrate And Tell Me What You See» (2004) que por aqui passou. «Transnormal Skiperoo» (2007), termo que Jim White criou para descrever a felicidade que por vezes sente pelo facto de estar vivo, conserva o alternative country que o arrumou na mesma prateleira de uns Calexico, Handsome Family, Johnny Dowd, 16 Horsepower e/ou Woven Hand, Joe Henry e Tom Waits. Não fossem razões mais que suficientes para agarrar a minha atenção, a cada novo registo. Jim White colhe excelentes notas da imprensa especializada e aos poucos cimentou o seu lugar entre os nomes mais importantes da folk americana. «Transnormal Skiperoo» não foge à regra e temas como «Jailbird» e «Plywood Superman» podiam muito bem constar numa qualquer compilação de «best of alternative country». Jim White assegura que o álbum marcou uma clara mudança no seu estado de espírito pessoal e musical. Identifica-se, de facto, um certo contentamento que julgava difícil em Jim White (ouçam-se, por exemplo, o soberbo «Diamonds In Coal» ou o feel good «Crash Into The Sun»). O álbum é mais luminoso e mais vivo que os seus antecessores (delirante o exercício à la anos 30 «Turquoise House»). Todavia, e apesar da opinião do autor, a melancolia não deixou de ser tema de prosa e «Fruit Of The Vine», «Take Me Away» e «Counting Numbers In The Air» comprovam-no. Conclusão: Jim White continua a abrilhantar-nos com excelentes canções e álbuns obrigatórios para os amantes do alternative country.
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Para terminar escolhi um homemade vídeo para «Jailbird», mais uma extraordinária canção de Jim White.
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