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Foi o quarto espectáculo do canadiano
Rufus Wainwright a que tive oportunidade de assistir e, verdade seja dita, a prestação do passado dia 7 de Maio foi a mais emotiva, mas, também, a menos consistente de todas. O álbum a apresentar, «
All Days Are Nights: Songs For Lulu», continua a merecer a minha melhor atenção, mas revela-se menor que os restantes trabalhos da sua já considerável discografia. Quanto ao concerto, foi dividido em dois actos distintos. O primeiro centrado no seu mais recente trabalho, e uma autêntica evocação à sua falecida Mãe, e uma segunda parte que nos mostrou algumas das melhores composições ao piano de Rufus Wainwright. Se o primeiro acto revelou-se monótono, tal como «
All Days Are Nights: Songs For Lulu», o segundo foi um pouco mais esperançado, testemunhando o perspicaz sentido de humor que vem caracterizando as prestações do canadiano. É certo que voltou a recuperar o seu (des)amor pelo norte-americano
Jeff Buckley, recordou o fracassado matrimónio dos seus pais, expressou a sua afeição por Lisboa e, como não podia deixar de ser, evocou a sua Mãe Kate McGarrigle. Percebemos que Rufus ainda não ultrapassou a recente perda (arrepiante a interpretação de «
Zebulon», durante a qual Rufus não conseguiu evitar as lágrimas), mas a qualidade das suas composições e da sua interpretação mantêm-se inalteradas. Razão pela qual foi um prazer voltar a ver Rufus Wainwright ao vivo e ouvir temas como «
Who Are You New York», «
The Art Teacher», «
Dinner At Eight», «
Cigarettes And Chocolate Milk», «
Going To A Town» e, principalmente, «
Poses».
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