Tivesse o concerto começado a horas e a noite da passada quinta-feira, na discoteca Lux, teria sido perfeita. A sala esteve a meio gás, é certo, mas os ritmos libertinos de Johnny Jewel e a sedutora sensualidade de Ida No, um misto entre a beleza de Monica Bellucci e a irreverência de Debbie Harry e/ou Alice Glass, aqueceram a noite e o público presente. A festa prolongou-se por pouco mais de sessenta minutos, mas os temas que todos queriam ouvir passaram pelo palco da cave da discoteca Lux: «The Beat’s Alive», «Rolling Down The Hills», «Etheric Device», «Feeling Without Touching», «Candly Castle» e os dípticos «Stars & Houses» / «Digital Versicolor» e «Beatific» / «Poison Or Remedy». Motivos mais que suficientes para aderir à irresistível cadência pop do duo norte-americano e dançar, dança, dançar. Os Glass Candy podem não produzir o som mais sofisticado, nem o melhor que a pop electrónica nos oferece nos dias de hoje e Ida No faz do “desafino” um dos seus principais atributos. Ainda assim, a forma descontraída e despretensiosa com que a banda de Portland se apresentou no Lux (e se apresenta nos seus discos) revela-se uma mais-valia que aliada a vibrações italo-disco ora excitantes, ora decadentes, ritmos urbano-psicadélicos e vocalizações naïve resultam num espectáculo empolgante e muito recomendável.
domingo, 13 de março de 2011
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