2012 ainda era o amanhã quando se soube que Lana Del Rey (a.k.a. Lizzy Grant) iria ser um dos seus temperos mais distintos. O double-A side single «Video Games» / «Blue Jeans» assim o pressagiava. Canções de cariz minimal e imensamente sofisticadas. Ambientes luxuosos e românticos que não deixam de transparecer uma certa fragilidade formal e cadências enigmáticas. Elementos que fizeram de Lana Del Rey um dos maiores acontecimentos do final de 2011 (atrevo-me mesmo a dizer que «Video Games» foi o grande single do ano). Os amores e desamores, obrigatórios nesta coisa do hype, foram imediatos e com a edição do debut álbum «Born To Die» adensaram-se. O disco, composto por muitas canções que foram sendo reveladas na world wide web, mantém o registo agridoce de «Video Games» e «Blue Jeans», mas ao longo dos seus sessenta minutos e quinze canções muitos são os momentos em que nos vemos à procura do já revelado sex appeal de Lana Del Rey. O resultado seria bem mais satisfatório se em vez de quinze fossem apresentadas dez canções. No entanto, o facto é que ainda não consegui deixar de ouvir «Born To Die». Existem temas que caem na meninez de Lizzy Grant, é verdade, mas canções como «Blue Jeans», «Radio», «This Is What Makes Us Girls», «Off To The Races», «Million Dollar Man», «Without You» e, principalmente, «Video Games» já são recompensa suficiente.
sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012
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