Se tivesse de escolher o melhor
debut álbum de
2011, «
Anna Calvi» seria o grande vencedor, batendo a concorrência liderada pelos trabalhos de
James Blake,
Washed Out,
Shabazz Palaces e
Cults. As canções musculadas da
singer-songwriter e a forma apaixonada com que
Anna Calvi se entrega a cada momento, muitas vezes comparável à fórmula interpretativa de
Jeff Buckley, fizeram de «
Anna Calvi» um dos momentos mais fascinantes da nova música britânica. Dados que mereceram a nomeação para o Mercury Prize e me fizeram ansiar por uma segunda entrega de Anna Calvi. «
One Breath», o segundo disco da londrina, foi editado há pouco mais de um mês e a sua magia ainda perdura. Onze temas novos, mais uma vez vigorosos e apaixonantes, que prolongam o fascínio em torno de Calvi. «
One Breath» mostra-nos mais do mesmo: «
Eliza», o primeiro
single, é o melhor ponto de contacto com o disco de 2011. No entanto, também há espaço para novos elementos: «
Piece By Piece», por exemplo, parece criado da esquizofrenia sonora de Annie Clark,
a.k.a. St. Vincent; «
Sing To Me» cola-se ao bucolismo de Alison Goldfrapp; «
Love Of My Life» é rude e capaz de fazer frente a algumas composições de Josh Homme; «
Tristan» pisca o olho a Patrick Wolf, numa perspetiva Calvista e com algumas eletrónicas à mistura; «
Carry Me Over» é complexo e bom; e «
Bleed Like Me» segue os passos de Jeff Buckley. «
One Breath» é mais um excelente disco de Anna Calvi. Um trabalho mais maduro e mais trabalhado que continua a mostrar o melhor que há na
pop britânica.
1 comentário:
Welcome back!!!
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