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Se Dezembro de 2008 ficou marcado pela
estreia dos norte-americanos
The Dodos em palcos nacionais, Dezembro de 2009 assinalou o aplaudido regresso da banda de
San Francisco. Confesso, no entanto, que «
Time To Die», o terceiro álbum de originais do trio, que em 2008 se apresentava como duo, revelou-se um disco sem surpresas. Aviso à navegação: o disco não é mau. A questão prende-se com o facto de «
Time To Die» ser uma extensão um pouco mais esmorecida de «
Visiter», o admirável trabalho de 2008. Todavia, no registo «ao vivo» Meric Long, Logan Kroeber e Keaton Snyder, mantêm toda a intensidade e mestria performativa evidenciada há um ano. Musicalmente, poderão ser definidos como a versão
folk de uns
Animal Collective. Esquizofrenia q.b. ao serviço da canção
folk que, neste caso particular, é seduzida pela melancolia
pop de uns
The Magnetic Fields e/ou
Elliott Smith. Elementos que ganham ainda mais vida no formato «
live» e que cativam o público do início ao fim. Foi assim em 2008 e voltou a ser assim em 2009. Porém, este ano o palco do Santiago Alquimista proporcionou à banda e ao público uma maior «aproximação». Para gáudio dos presentes, Meric Long solicitou à plateia que preenchesse os espaços vazios do palco e foi bonito ver a banda e o público tão “chegadinhos” uns dos outros. A noite até estava fria, mas os
The Dodos souberam aquecê-la da melhor forma, ao som de «
Fools», «
Fables», «
Joe's Waltz», «
Longform», «
Jodi», «
Red And Purple»... Para ajudar, contaram com a preciosa colaboração dos jovens
doismileoito (disco que até agora me passou ao lado, mas que a actuação da passada terça-feira me obrigará a descobrir). Para terminar deixo aqui um «vídeo caseiro» com um excerto do que se passou no Santiago Alquimista. Excerto esse que apresenta, já no
encore, «
Walking» e o extraordinário «
Red And Purple».
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