Já no encore, Justin Vernon pede a ajuda do público para
entoar «What might have been lost» e, assim, emoldurar «The Wolves (Act I AndII)». Seguiu-se, para fechar a noite, «For Emma» e nós, dominados pela demanda do
desassossego dos Bon Iver, sentimos que Justin Vernon e os restantes oito
elementos em palco nos dedicavam antes um For Lisbon. Não que a cidade reclamasse
mais essa invocação (recorde-se «Lisbon, Oh», do último trabalho «Bon
Iver»), mas aquele encontro no Coliseu merecia uma despedida própria. Naquele
momento, depois de nos termos perdido pelas invernosas composições de «For
Emma, Forever Ago» e aproximado ainda mais das visões paisagistas e
contemplativas de «Blood Banks» e «Bon Iver», era o que fazia
sentido. Justin Vernon, cumprindo com o ritual, anunciava o seu fascínio pela
cidade de Lisboa e carinho pela sala (esgotada há mais de três meses) que o
acolhia de braços abertos. Já a banda, quase uma Justin Vernon Band,
ou seja, uma versão mais indie e mais folk da Dave Matthews Band, apresentou as
canções de Justin Vernon em versões mais rock. O que ninguém estranhou, nem
mesmo as canções, pois o percurso sonoro dos Bon Iver já o antevia. Contudo, momentos
houve em que a singularidade da música e da voz de Justin Vernon nos levou ao mesmo
lugar onde já havíamos descoberto «Flume», «Skinny Love», «re: stacks» e «For Emma».
For Lisbon, forever ago…
sábado, 28 de julho de 2012
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