Piazza del Duomo, Milano
Chegou a melhor época do ano! Férias, descanso, viagens, novidades, hotéis, museus, sol e shopping… Desta vez o destino foi Milão, com passagens obrigatórias por Verona (Obrigado Gi), Lago Maggiore e Lago di Como. Além do escape, a procura pelo loja de discos mais próxima ofereceu-me alguns souvenirs importantes. Primeiro, e como já vem sendo habitual por estas ocasiões, centro as minhas atenções no formato EP.
E agora um pouco de yoga… Gonjasufi, a.k.a. Sumach Ecks, a.k.a. Sumach Valentine, mostrou-se ao mundo (a solo) em 2010, com o extraordinário debut álbum «A Sufi And A Killer». Posteriormente já nos ofereceu o EP «9th Inning» (2011) e no início deste 2012 voltou à carga com «MU.ZZ.LE», um mini álbum composto por dez faixas, algumas em formato canção, e vinte e quatro minutos de música sombria e apetecível. «MU.ZZ.LE» dá, assim, seguimento à demanda de Gonjasufi pela melodia. Para isso recorre, uma vez mais, ao trip-hop de outros tempos e ao copy+paste que resulta num autêntico choque de civilizações (leia-se referências musicais). Portanto, «MU.ZZ.LE» acaba por ser uma continuação de «A Sufi And A Killer». Um mini álbum feito à imagem do álbum que me conquistou pela sua alma de meditação e pela dança do yin e do yang que percorre todas as suas entrelinhas. Uma dualidade de forças presente e sedutora, mas difícil de explicar. Gonjasufi, o rapper, o cantor, o DJ e o professor de yoga, mantém assim intactos os créditos de excelente criador de ambientes e de peças pop.
Para terminar, «Mount Wittenberg Orca». Trabalho que reúne os Dirty Projectors e a islandesa Björk. EP composto por oito canções, todas elas escritas por Dave Longstreth para uma iniciativa de beneficência e inspiradas num passeio de Amber Coffman (vocalista e guitarrista da banda) pela montanha Wittenberg. O resultado é feito por vinte minutos de música fresca e cristalinda. Canções sem qualquer maquilhagem e de espírito ecológico, construídas em torno da voz e de instrumentações simples. Portanto, «Mount Wittenberg Orca» é um disco com matriz Dirty Projectors, mas que se aproxima da fase mais crua e despida da música de Björk («Medúlla», de 2004). Não acrescenta nada à discografia de ambos os universos, mas funciona muito bem para o propósito que viu nascer o projecto. Note-se que todas as receitas deste trabalho conjunto revertem para a National Geographic Society, para a preservação do ecossistema marítimo.
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