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Os
Animal Collective também editaram novo álbum este ano. «
Centipede Hz» sucede ao
hype criado em torno da banda e do soberbo «
Merriweather Post Pavillion», de 2009. De facto, e apesar dos norte-americanos editarem discos desde 2000, só há dois anos, com o tal «
Merriweather Post Pavillion», é que conseguiram a atenção merecida. Acabaram referenciados em todas as listas de final de ano com uma das obras incontornáveis de 2009. Seguiu-se a exposição global e, pasme-se, a nomeação para os
Brit Awards, na categoria de revelação. Pelo caminho registaram-se experiências
psycho-folk,
noise rock,
dream pop,
freak folk,
indie rock,
melodic neo-psychedelia,
indie pop e alguns dos melhores álbuns dos anos 00 (destaco «
Sung Tungs», de 2004, e «
Feels», de 2005). Música urbana que vive da experimentação e da adição de elementos novos e menos óbvios no universo
pop. «
Centipede Hz» mostra que momentos musicais cativantes continuam a emergir das
jam sessions de Avey Tare, Panda Bear, Geologist e Deakin (este último de regresso ao colectivo depois de um hiato entre 2009 e 2011). Ouçam-se, por exemplo, «
Today’s Supernatural», «
Applesauce», «
New Town Burnout», «
Moonjock», ou «
Monkey Riches». Notamos uma ligeira aproximação à “banda a quatro” do passado, fase pelos vistos ignorada, mas igualmente imbatível. Confirma-se: os Animal Collective são uma das grandes forças criativas da
pop contemporânea.
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