
A segunda passagem, em menos de dois anos, de Chan «Cat Power» Marchall por Portugal poderá ficar marcada como a sua consagração definitiva perante o público português. Os relatos que vão surgindo aqui e ali retratam duas noites, vividas em Lisboa e no Porto, de autêntica comunhão entre artista e audiência. Invasão de plateia e interminável despedida coroada com flores e tudo. Para animar a festa, o concerto de Lisboa teve lotação esgotada. Tudo parecia perfeito. Porém, não foi essa a sensação final.
Durante mais de duas horas, Cat Power mostrou-se um pouco desconfortável em palco. As indicações para a cabine de som foram mais que muitas e a própria afirmou, pedindo desculpas pelo facto, que não estava a gostar de se ouvir. OK! O timbre de voz é de um outro mundo, as músicas são refinadas e a banda de suporte (Dirty Delta Blues) é uma enorme mais valia. Mas, simultaneamente, e aparte da incursão na zona reservada ao público para entoar sentidos «I Love You» de «Ramblin’ (Wo)man» (original de Hank Williams), o espectáculo pautou-se pela uniformidade e repescagens da sua última visita à Aula Magna (4 de Dezembro de 2006), incluindo os sapatos brancos, a enorme ovação em «The Greatest», a versão mais rock de «(I Can’t Get No) Satisfaction», o acanhamento de Chan Marchall e a voz (excelente como sempre). De resto, as covers que compõem o mais recente «Jukebox» foram desfilando no palco do Coliseu de uma forma tranquila. Cat Power meneou-se estranhamente ao som dos magníficos músicos que a acompanham, a Dirty Delta Blues Band. Com a chegada das composições do soberbo «The Greatest», na parte final do espectáculo, o público acentuou os aplausos e viveu-se uma autêntica consagração. Foi uma noite estranha, confesso. A satisfação do público era evidente, mas lá no fundo tive pena de não assistir às divagações ao piano e/ou guitarra de Cat Power.
Durante mais de duas horas, Cat Power mostrou-se um pouco desconfortável em palco. As indicações para a cabine de som foram mais que muitas e a própria afirmou, pedindo desculpas pelo facto, que não estava a gostar de se ouvir. OK! O timbre de voz é de um outro mundo, as músicas são refinadas e a banda de suporte (Dirty Delta Blues) é uma enorme mais valia. Mas, simultaneamente, e aparte da incursão na zona reservada ao público para entoar sentidos «I Love You» de «Ramblin’ (Wo)man» (original de Hank Williams), o espectáculo pautou-se pela uniformidade e repescagens da sua última visita à Aula Magna (4 de Dezembro de 2006), incluindo os sapatos brancos, a enorme ovação em «The Greatest», a versão mais rock de «(I Can’t Get No) Satisfaction», o acanhamento de Chan Marchall e a voz (excelente como sempre). De resto, as covers que compõem o mais recente «Jukebox» foram desfilando no palco do Coliseu de uma forma tranquila. Cat Power meneou-se estranhamente ao som dos magníficos músicos que a acompanham, a Dirty Delta Blues Band. Com a chegada das composições do soberbo «The Greatest», na parte final do espectáculo, o público acentuou os aplausos e viveu-se uma autêntica consagração. Foi uma noite estranha, confesso. A satisfação do público era evidente, mas lá no fundo tive pena de não assistir às divagações ao piano e/ou guitarra de Cat Power.
.

.
Para terminar fica a actuação de Cat Power no programa Jools Holland, com o soberbo «The Greatest».