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Diz-se que são os novos
Radiohead. Os
Alt-J (D) são britânicos e apostam numa sonoridade
indie rock, com aromáticas ligações às electrónicas, mas a sua música não tem nada de Radiohead. Identificamos as texturas
rock e o engenho
indie, mas as electrónicas e as suas distintas cadências
folk acabam por aproximar este quarteto mais da sedução hipnotizante
Wild Beasts (ouçam-se «
Intro» e «
Taro») e das irresistíveis harmonias
Fleet Foxes. Aproximações de louvar, registe-se, que se dispõem ao lado do universo
The Good, The Bad & The Queen. Projecto britânico que, entre 2005 e 2007, reuniu o génio de Damon Albarn, as ideias rítmicas de Tony Allen, as vivências Paul Simonon, o
shoegazing Simon Tong e as engenharias Danger Mouse. Os Alt-J são tudo isto, mas ainda condimentam as suas canções com a frescura
pop Vampire Weekend («
Dissolve Me») e a eloquência
The xx («
MS» e «
Bloodflood»). Influências e mais influências que ganham força nas vocalizações esquizofrénicas e sombrias de Joe Newman («
Fitzpleasure» é paradigmática). Voz que pode causar a mesma estranheza da descoberta
Clap Your Hands Say Yeah (voz de Alec Ounsworth), ou mesmo dos
The Smashing Pumpkins (Billy Corgan). A conjugação de todos estes dados conferem um aspecto experimental e/ou desafiador às composições dos Alt-J. Daí as comparações aos Radiohead? Tudo leva a crer que sim. Por isso, é perfeitamente natural este entusiasmo em ouvir novas canções Alt-J. Temas como «
Breezeblocks», «
Something Good», «
Tessellate», «
Matilda» e «
Fitzpleasure», incluídos no
debut álbum «
An Awesome Wave», a isso nos obriga.
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