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Qual é a banda, qual é ela, que mistura na perfeição o
rock psicadélico de finais de 60 e inícios de 70, com a
pop distinta The Beatles, cadências The Beach Boys e os sonhos
prog-rock contemporâneos
The Flaming Lips e
MGMT? A solução para este enigma melómano é
Tame Impala. Banda australiana que editou, em 2010, o soberbo álbum de estreia «
Innerspeaker» e regressou este ano aos discos com o não menos espectacular «
Lonerism». O novo trabalho volta a contar com as engenharias
dream-pop de Dave Fridmann e, só por isso, parte do meu entusiamo fica explicada. No entanto, e depois de ouvir «
Lonerism», concluo, uma vez mais, que estes Tame Impala são mesmo muito bons. Kevin Parker, o compositor, cantor e produtor, volta a construir texturas densas (ouça-se «
Why Won't They Talk to Me?»), canções
glam rock («
Elephant», o primeiro
single, fica a meio caminho entre o
stoner rock dos
Queens Of The Stone Age e o psicadelismo da fase «
Abbey Road» dos The Beatles) e melodias extremamente sedutoras («
Feels Like We Only Go Backwards», outro
single, é
rock lânguido, mas irresistível).
Neo-psychedelia com perfume
aussie-pop? Por que não. O certo é que «
Lonerism» é uma das melhores propostas
rock da actualidade e um dos discos mais importantes de 2012.
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