
Foi com «
Backseat Freestyle», uma das canções mais fortes de 2012 e de «
good kid, m.A.A.d city», o trabalho do
rapper norte-americano
Kendrick Lamar, que Adam Bainbridge, o homem que se esconde por detrás das sonoridades
Kindness, decidiu incendiar o público que se apresentou na passada sexta-feira no Lux. A música Kindness não necessita de elementos extra para aquecer o quer que seja, mas ficou claro que Adam Bainbridge faz tudo para promover a sua música, como, também, os nomes que o influenciam na hora de escrever canções e criar ambientes (directamente do seu
i-pod ouviram-se
Kendrick Lamar e
Beyoncé). Composições orgânicas, com queda para o
disco sound, sem nunca tirar os olhos do
funk, da
pop contemporânea e da música electrónica, com etiqueta
IDM. Podemos tanto avistar as desafiantes sombras Arthur Russel, como as multifacetadas cadências
Toro Y Moi, as produções Devonté «
Blood Orange» Hynes, ou, mesmo, as misturas extravagantes
Neon Indian. No entanto, «
World, You Need A Change Of Mind», o álbum de estreia do projecto Kindness, vive da melancolia. Se em disco o francês Philippe Zdar, dos
Cassius, ajudou no temperamento desses ambientes suaves e lânguidos, em palco as coisas atingem novos patamares e a melancolia parece diluída na festa musical Kindness. Foi num tom de festa de sexta-feira à noite e com o sempre apetecível espírito de banda, que Adam Bainbridge e restantes músicos nos apresentaram as suas canções melancólicas, mas dançantes. Por mais que uma vez vimos Adam Bainbridge juntar-se ao público para dançar e incentivar os presentes. Esta foi uma das minhas melhores noites de concerto de 2012.
Sem comentários:
Enviar um comentário