segunda-feira, 16 de novembro de 2009

O Espectáculo Universal dos Depeche Mode

No passado sábado fui até ao Pavilhão Atlântico para assistir, pela segunda vez, ao «espectáculo universal» dos Depeche Mode. A banda, que se mostrou uma vez mais em excelente forma, subiu ao palco para promover «Sounds Of The Universe» (2009), o décimo segundo álbum de originais. Porém, e apesar dos quatro excelentes temas de «Sounds Of The Universe» apresentados («In Chains», «Wrong», «Hole To Feed» e «Miles Away/The Truth Is»), foram os sucessos do costume que mais brilharam. Esclareça-se que canções como «Walking In My Shoes», «Policy Of Truth», «I Feel You», «Never Let Me Down», «Enjoy The Silence», «Question Of Time», «Behind The Wheel», «In Your Room», «World In My Eyes», «Personal Jesus», ou mesmo, «It’s No Good», «Stripped» e «Precious» dispensam quaisquer apresentações e fazem as delicias de qualquer melómano anónimo nascido no século XX. É inevitável! Já tinha sido assim em 2006, altura em que os Depeche Mode passaram pela mesma sala lisboeta para apresentar «Playing The Angel» (2005), e será assim em qualquer espectáculo dos Depeche Mode. Também é certo que nos últimos anos a produção de sucessos tem sido mais comedida, mas não há um álbum dos Depeche Mode que não tenha uma grande canção (o recente «Sounds Of The Universe» não é excepção, destacando-se «Wrong», «Fragile Tension» e «Peace»).
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É por isso que os Depeche Mode são, ainda hoje, uma das melhores bandas pop da actualidade e que, em cada concerto, haverá sempre sucessos esquecidos e outros a fazer as delícias dos presentes. Foi o que aconteceu no passado sábado. Temas como «Strangelove», «Suffer Well», «Everything Counts», «Freelove», «Barrel Of A Gun», «Condemnation», «Dream On», «Lilian», «Useless» e muitos outros ficaram de fora. De certeza que houve fãs que trocariam alguns dos temas apresentados por outros. Eu próprio era capaz de o fazer, mas como seria de esperar o espectáculo viveu dos sucessos apresentados e aposto que ninguém saiu descontente. No meu caso bastaria ouvir «Walking In My Shoes» para sair do Pavilhão Atlântico satisfeito. Mas apenso a «Walking In My Shoes» estiverem três outros hits de «Songs Of Faith And Devotion», quatro de «Violator», dois de «Music For The Masses», três de «Ultra», um de «Playing The Angel» e três de «Black Celebration». Sucessos de outros tempos, que continuam a fazer sentido e a entusiasmar um Pavilhão Atlântico a abarrotar. Excelente concerto de uma banda de excepção.

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