sábado, 29 de novembro de 2008

Radiohead | 15 Step

«15 Step» foi outro dos temas de «In Rainbows» a merecer a atenção de um fã na iniciativa «In Rainbows Animated Music Video Contest». Hideyuki Kota Totori foi quem criou o vídeo.

Portishead | Magic Doors

2008 ficará marcado pelo tão aguardado regresso dos Portishead aos discos e aos concertos. Mais uma vez o trabalho da banda foi aplaudido pela imprensa especializada e pelo público em geral. Do álbum «Third» surge agora o terceiro single e respectivo vídeo: «Magic Doors».

domingo, 23 de novembro de 2008

Radiohead | Weird Fishes/Arpeggi

Mais um vídeo dos Radiohead a sair da iniciativa «In Rainbows Animated Music Video Contest». Depois de revelado o grande vencedor (o francês Clement Picon com um vídeo para «Reckoner»), agora é a vez de Tobias Stretch, um dos quatro finalistas do concurso, a ver o seu trabalho para «Weird Fishes/Arpeggi» ser consagrado pelos Radiohead.
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segunda-feira, 17 de novembro de 2008

BSS | Dance, Dance, Dance...

A terminar o que foi uma autêntica semana de loucos em matéria de concertos (quatro em apenas sete dias) e aproveitando a oferta dos Buraka Som Sistema e das lojas FNAC (na compra do pack «Sound Of Kuduro Remix EP» e «Black Diamond»), subi à Graça para assistir ao concerto de apresentação de «Black Diamond», o estimulante álbum de estreia dos Buraka Som Sistema (BSS).
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Convém, antes de mais, esclarecer que há cerca de um ano não digeria nada que soasse a kizombas, kuduros e afins. Atenção! Nada que se relacionasse com questões raciais. Simplesmente não entendia o ritmo, a sonoridade, a cantoria e a dança. No entanto, com a edição do EP «From Buraka To The World» e, mais precisamente, após a exposição ao single «Yah!», algo mudou. Algo de exótico e entusiasmante era adicionado à fórmula do kuduro. Os ritmos quentes de África aqueciam à séria e o resultado era surpreendente. Um ardente vício que se prolongou com a edição do single «Sound Of Kuduro» (com a preciosa ajuda de M.I.A.) e do respectivo álbum de estreia. Os ecos que entretanto foram surgindo do estrangeiro documentavam esse mesmo vício e um potencial «the next best thing» que pode explodir a qualquer momento. Ora foi exactamente isso que aconteceu no passado dia quinze de Novembro na mítica sala da Voz do Operário: uma autêntica explosão de ritmo e excitação que agitou o público presente e a própria sala do espectáculo (nem o estuque do tecto resistiu). Ao longo de noventa e tais minutos a ordem foi para não parar e dançar, dançar, dançar... Uma verdadeira rave atestada com picos rítmicos que quase levavam a «barraca» abaixo. Seguindo as dicas de Kalaf e Conductor visitámos Luanda, Londres, Lisboa, Rio de Janeiro e Nova Iorque. No meio da selva rítmica que nos foi apresentada ouvimos pequenos apontamentos de DJing com os Daft Punk, The Prodigy e AC/DC. Desejei acompanhar os passos de Deize Tigrona e do elástico bailarino que acompanha a banda e dei graças a Deus por ter cedido aos BSS.
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Para terminar deixo o primeiro sucesso e respectivo vídeo dos Buraka Som Sistema: Yah! Yah! Yah!

sábado, 15 de novembro de 2008

Cut Copy by night

Depois das deliciosas noites na companhia de Joan As Police Woman e Sigur Rós, nada melhor que rumar ao Lux para dançar e vibrar com o som e os calorosos ritmos dos australianos Cut Copy. A exposição da banda amplificou-se há relativamente pouco tempo, com a edição do mui apreciado «In Ghost Colours», trabalho de 2008, que sucedeu à menos conseguida estreia «Bright Like Neon Love» (2004). Contudo, já em 2005 a prestigiosa revista Uncut não hesitava em colocar os Cut Copy na estante das novas tendências electro, caracterizando a sua música como um exercício que fica a meio caminho entre os britânicos The Go! Team e os franceses Daft Punk. Uma autêntica festa, que eclodiu no passado dia 13 de Novembro na intima e esgotadíssima sala «dos fundos» do Lux. Sentia-se, entre o público, uma verdadeira sede de ouvir e dançar as canções de «In Ghost Colours»: «Lights And Music», «Hearts On Fire», «Unforgettable Season», «So Haunted», «Strangers In The Wind», «Out There On The Ice», «Nobody Lost, Nobody Found», «Feel The Love» e «Far Away» marcaram presença. Do debut «Bright Like Neon Love» ouviram-se «Time Stands Still», «Saturdays», «That Was Just A Dream» e «Future». Um autêntico best of dos dois álbuns dos Cut Copy. No entanto, e apesar de se terem vivido verdadeiros momentos de loucura, sempre estimulada pelo vocalista Dan Whitford e ampliada pelos enérgicos riffs de guitarra de Tim Hoey, os cerca de sessenta minutos de dança e cantoria esgotaram-se num abrir e fechar de olhos.
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Sigur IV

A noite de S. Martinho de 2008 ficou marcada por mais uma assinalável actuação dos islandeses Sigur Rós. O meu Curriculum Vitae já registava três concertos destes nossos amigos. Se o primeiro espectáculo (Coliseu dos Recreios: 1 de Março de 2003) ficou, até hoje, «tatuado» como o mais tocante de todos, provavelmente por ter sido o primeiro e, na altura, «Ágætis Byrjun» ainda estar tão fresco, a segunda vez (Coliseu dos Recreios: 21 de Novembro de 2005) acabou por parecer uma brilhante réplica da prestação de 2003. Quanto à clara desilusão que ocorreu a 16 de Julho de 2006 no Pavilhão Atlântico, essa desvaneceu com o concerto da passada noite de 11 de Novembro.
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As expectativas eram moderadas, pois «Með Suð Í Eyrum Við Spilum Endalaust», álbum de 2008, ainda não me convenceu totalmente. No entanto, com um maravilhoso inicio ao som de «Sven-G-Englar» e «Ný Batterí» tudo voltava ao normal. Os Sigur Rós eram novamente insuperáveis, voltavam a fazer história e davam mostras de serem um dos projectos mais inovadores da actualidade. Não mais voltaram a «Ágætis Byrjun». Porém, a banda continuou a irradiar elegância e calor sonoros. Demonstraram que afinal «Með Suð Í Eyrum Við Spilum Endalaust» está repleto de excelentes canções (de «Gobbledigook» a «Inní Mér Syngur Vitleysingur», passando por «Við Spilum Endalaust», «Festival» e «All Alright»). Sonoridades que têm dado que falar, pois além de chegarem a um público mais alargado, abrem novos caminhos para a música dos Sigur Rós. Contudo, os espectadores que marcaram presença na antiga Praça de Touros do Campo Pequeno já eram velhos conhecidos dos Sigur Rós. Razão pela qual «Hoppípolla», «Haffsól», «Sæglópur», «E-Bow» (ou se preferir «( ) #6»), «Glósóli» e «Popplagið» (também conhecida como «( ) #8») foram celebrados até não nos deixarem mais. Reafirmaram o seu apreço pelo público português e o delírio foi mais uma vez sentido. Chamaram ao palco os For A Minor Reflection (conterrâneos dos Sigur Rós que asseguraram uma primeira parte conduzida pelo minimalismo de uns Mogwai e uma épica sonoridade islandesa) para festejarem a liberdade de «Gobbledigook». Não foi o melhor concerto que vi dos Sigur Rós, mas deixou marcas. Estranhei a ausência de «Viðrar Vel Til Loftárása» e senti uma vez mais a falta de «Flugufrelsarinn». O mais engraçado foi ter, finalmente, recebido a edição deluxe de «Með Suð Í Eyrum Við Spilum Endalaust». As imagens fotográficas voltam a estar no centro das atenções, mas a sua música ganhou nova vida depois do concerto de 2008.
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Para terminar deixo, em alta rotação, o novo vídeo da banda islandesa mais famosa da actualidade.

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Final Fantasy | Blue Imelda

aqui tinha falado da edição de «Spectrum, 14th Century», o novo EP do projecto Final Fantasy, do canadiano Owen Pallett. Depois do primeiro vídeo para «The Butcher», surge agora o excelente «Blue Imelda». O estranho vídeo é realizado por M Blash.

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Joan As Police Woman em Sintra

No passado dia nove de Novembro rumei a Sintra para assistir a mais um espectáculo que contou com a presença de Joan Wasser, a.k.a. Joan As Police Woman (JAPW). Não foi a primeira vez - e espero sinceramente não ter sido a última - que vi Joan Wasser em palco. Contudo, depois das prestações/colaborações nos espectáculos de Antony And The Johnsons e Rufus Wainwright (neste último caso chegou mesmo a apresentar-se como JAPW numa breve primeira parte), o concerto do passado Domingo, no Centro Cultural Olga Cadaval, marcou de forma inequívoca a primeira grande noite (de autêntica gala) para Joan Wasser na área da Grande Lisboa. É certo que a eterna namorada de Jeff Buckley já havia passado, num concerto só seu, pelo acolhedor palco do Santiago Alquimista, mas na altura não tive oportunidade de marcar presença e entendo que a serenidade e todo o romantismo patenteados na sua música encaixam muito melhor no admirável auditório Jorge Sampaio.
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Os ingredientes não podiam ser os melhores: o espaço era perfeito; «To Survive», álbum que justificou mais uma visita de JAPW ao nosso país, mantinha a demanda pop, sendo perceptível alguma influência da formação clássica da vocalista no arranjo das canções; e o público presente mostrava-se ansioso por ver e ouvir JAPW. O espectáculo pareceu-se como uma autêntica reunião de família e amigos por alturas do Natal. Razão pela qual estranhei a aparente timidez de Joan Wasser em se expor perante tão familiar cenário. Houve comentários acerca da arquitectura colorida das «nossas cidades», piadas sobre David Lee Roth (que ao que parece é paramédico nas urgências de um hospital em Nova Iorque), congratulações à «prestação» do público; observações várias sobre o auditório; reparos à apresentação meio lunática do baixista Timo Ellis; muito boa disposição e, essencialmente, excelentes canções. A minha admiração pela música e figura de JAPW não é recente. Apesar de «To Survive» não alcançar o nível do debut «Real Life», é um disco que não desilude e cumpre com os requisitos necessários para continuar a seguir todas as passadas do projecto JAPW. O concerto foi um espanto! A voz de Joan Wasser é «cristalinda»! Timo Ellis (baixo e voz) e Parker Kindred (bateria e voz) são perfeitos cúmplices de palco! Todavia, são as canções de JAPW que mais brilham. Desde a ode ao desalento vivido em relação às políticas da Administração Bush com «To America», à autêntica carta de amor que é «To Be Loved», passando por uma genuína lullaby com «To Survive» e chegando às intimistas «Honor Wishes» e «The Ride». Houve momentos mais dinâmicos como «Holiday», «Furious» e as majestosas «Eternal Flame» e «Christobel». Recordámos «I Defy», provavelmente a melhor canção de 2006, num inteligentíssimo exercício de coordenação vocal entre os três músicos em palco (desviando-nos a atenção da evidente ausência de Antony Hegarty nas vozes) e voltámos a perecer perante a desarmante «Feed The Light». No fim, Joan Wasser foi até à entrada do auditório para promover a venda de alguns discos (com direito ao desejado autografo) e T-Shirts. Só lhe ficou bem e a maior parte dos presentes agradeceu o simpático gesto...
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domingo, 9 de novembro de 2008

2008 | Viagens à tasca em período de férias V

A derradeira paragem tasqueira na cidade de Bruxelas foi na loja Media Markt. Mais uma vez, e como já havia percorrido as suas secções mais importantes, decidi apostar nos escaparates das promoções. Tal como na FNAC local, aqui, os discos em promoção iam dos quatro aos seis euros e as escolhas finais foram, na sua maioria, pensadas para completar discografias de um determinado grupo (ou não fosse eu um coleccionador de discos).
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Aproveitando a oportunidade de estar na Bélgica, adquiri o EP «My Sister = My Clock», dos dEUS, e «Leave The Story Untold», álbum de estreia dos Soulwax. Ambas as edições se destinam (e só farão sentido) aos fãs mais acérrimos de cada uma das bandas. «My Sister = My Clock», EP editado em 1995, contém esboços de algumas canções que ficaram de fora do excelente álbum de estreia «Worst Case Scenario», disco de 1994. É composto por uma única faixa que se divide em treze capítulos distintos, mas igualmente complementares. Vinte e seis minutos de experiências sonoras que, com um pouco de mais trabalho, poderiam resultar num qualquer sucesso indie belga como são exemplos «Suds & Soda», «Via» e «Hotellounge». O disco foi gravado em cinco dias e editado (leia-se, junção dos vários temas) em apenas seis horas. Não traz nada de novo à discografia da banda, mas colmata o espaço deixado em aberto entre «Worst Case Scenario» e «In A Bar, Under The Sea». Quanto aos conterrâneos Soulwax, o debut «Leave The Story Untold» data de 1996 e, tal como «My Sister = My Clock», não acrescenta nada de novo ao que já se conhece dos irmãos Dewaele. Encontramos a banda num limbo entre o teen-rock de uns Silverchair (ambicionando chegar aos calcanhares dos Nirvana) e a serenidade de um Jeff Buckley. Não há nenhum tema que se destaque dos demais e ainda não se evidenciavam momentos de brilhantismo pop. Contudo, é certo que se denota já uma importante preocupação pela canção, apesar dos resultados estarem longe do desejado. No entanto, «Leave The Story Untold» poderá, também, ser encarado como estando na génese do potencial de «Much Against Everyone’s Advice», álbum de 1999. Menção final para a produção que ficou a cargo de Chris Goss, consagrado produtor que, entre outros, trabalhou com nomes como Queens Of The Stone Age, UNKLE e Screaming Trees.
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Um dos meus maiores caprichos durante as férias 2008 foi a compra da edição japonesa de «Pablo Honey», o álbum debut dos mais que preferidos Radiohead. Lá tive que me livrar da edição standard (obrigado F.), pois, nos dias que correm, a crise também é de falta de espaço lá em casa. O álbum é, ainda hoje, qualificado como o mais «fraquinho» e o que menos se enquadra na história discográfica dos fab five. Paradoxalmente, «Creep» continua a ser o único grande sucesso comercial dos britânicos. «Pablo Honey» (1993) é fruto da geração grunge, mas além de se vislumbrarem influências de Pixies, Nirvana e Pearl Jam, nas suas entrelinhas sonoras também cabem nomes como The Kinks, The Who, U2 e Jane’s Addiction. Um caldeirão de distorção eléctrica que, aquando da sua edição, não convenceu quase ninguém. Poucos previam um futuro risonho para os Radiohead. Cenário que não melhorou quando, ainda em 1993, a banda editou o single/EP «Pop Is Dead» (tema que não figurava no alinhamento final de «Pablo Honey», mas que saiu para o mercado entre as edições dos singles «Anyone Can Play Guitar» e «Stop Whispering»). Ora bem, não se tratando de uma canção de encher o ouvido, o facto é que o single/EP «Pop Is Dead» já se encontra descatalogado. Razão mais que suficiente para adquirir a edição japonesa de «Pablo Honey», pois o seu alinhamento final contém cinco faixas extra, entre as quais a raridade «Pop Is Dead». Encontramos, também, os lados-b de «Creep» («Inside My Head» e «Million Dollar Question») e duas versões live de «Creep» e «Ripcord» (dois dos melhores temas do disco). Um autêntico capricho que, além de não estar nas prateleiras reservadas para as promoções, veio enriquecer a minha colecção de discos dos Radiohead.
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Outro dos discos que veio colmatar uma falha numa determinada colecção de discos foi «Government Commissions BBC Sessions 1996-2003», dos escoceses Mogwai. Até então não tinha comprado o disco porque me recuso a dar mais de € 15,00 por qualquer compilação de gravações ao vivo que seja e de que banda for. Como em Portugal os discos continuam a ser vendidos a preço de ouro, foi na Bélgica que saciei a minha vontade de ouvir as várias Peel Sessions dos Mogwai [programa de rádio do carismático radialista John Peel (1939-2004)]. Na verdade, «Government Commissions» não nos oferece nada de novo. Todas as composições apresentadas foram originalmente editadas em LP ou EP da banda. Todavia, são os próprios Mogwai que afirmam ter gravado alguns dos seus melhores takes nas inúmeras sessões para a BBC. Razão pela qual decidiram juntar algumas dessas mesmas gravações num álbum que acabaria por homenagear um dos seus maiores seguidores, John Peel (que abre o álbum a anunciar mais uma prestação da banda nos estúdios BBC). Setenta minutos de música divididos por dez temas que mostram quase todas as facetas destes escoceses. Porém, são os temas mais antigos que acabam por se safar melhor. «Superheros Of BMX», originalmente editado em «4 Satin EP» (1997), e «R U Still In 2 It», do debut álbum «Young Team» (1997), apresentam uma sonoridade mais solta e revigorante, acabando por lhes dar uma roupagem nova e justificando as suas presenças no disco. Por sua vez «Hunted By A Freak», de «Happy Songs For Happy People» (2003), acaba por não se adaptar muito bem ao espaço, perdendo algum do esplendor revelado em disco. «Kappa» e «Cody», de «Come On Die Young» (1999), cumprem as suas tarefas. No entanto, os dezoito minutos de «Like Herod», original de «Young Team», arrastam-nos para um dispensável e maçador crescendo de som e feedback que, dependendo do ponto de vista, tanto pode dignificar a criatividade e o espírito rockeiro dos Mogwai como menosprezar a sua imagem, evidenciando uma banda chatíssima. Contudo, para quem segue a banda de Stuart Braithwaite e Dominic Aitchison, «Government Commissions BBC Sessions 1996-2003» pode ser um excelente cartão de visita para o melhor e o pior dos Mogwai.
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A última aposta com o selo da cidade de Bruxelas foi o álbum de estreia do duo francês Justice. Confesso que o baixíssimo preço foi a principal razão para a compra. O que, até então, conhecia dos Justice era o soberbo single «D.A.N.C.E.». Um autêntico toucinho-do-céu que se deglute em quatro escassos minutos e que nos deixa sempre a vontade de repetir. No entanto, e após cuidada audição a «», percebi que conhecia mais dos Justice do que eu pensava. Para além do toucinho-do-céu, encontramos uma deliciosa mousse de chocolate banhada por uma irresistível adega velha em «DVNO», um singular doce da casa que dá pelo nome de «Genesis», um ensopado brigadeiro em «Phantom» e um molotov (que é só para quem gosta) com a densa «Waters Of Nazareth». «» é, assim, um autêntico banquete de doces que não se aconselha a hiperglicémicos. Todavia, e como o fruto proibido é sempre o mais apetecido, será muito difícil resistir a esta «cruz» dos Justice.
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Para terminar deixo em alta rotação o extraordinário vídeo de «D.A.N.C.E.», dos franceses Justice.
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quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Oasis | I’m Outta Time

Voltei a acreditar nos irmãos Gallagher quando ouvi «The Importance Of Being Idle», o segundo single de «Don't Believe The Truth» (álbum de 2005). Depois de dez anos algo confrangedores os Oasis mostravam, finalmente, sinais de crescimento e esperança. A banda apresentava-se mais sólida e a sonoridade era mais autêntica e «Don't Believe The Truth» acabou por ser uma das grandes surpresas de 2005. Quando surgiu «The Shock Of The Lightning», primeiro single de «Dig Out Your Soul», percebi que «Don't Believe The Truth» não tinha sido um mero acaso. Os Oasis estão vivos e recomendam-se. Razão pela qual deixo aqui «I’m Outta Time», o segundo single do mais recente álbum de originais e uma homenagem de Liam Gallagher ao génio de John Lennon.
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quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Kings Of Leon | Use Somebody

«Use Somebody» é o segundo single de «Only By The Night», o quarto álbum de originais dos norte-americanos Kings Of Leon. É certo que o disco está uns pontos abaixo dos primeiros três registos, mas a música da família Followill continua a cativar.

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Empire Of The Sun | Walking On A Dream

«Walking On A Dream», do duo australiano Empire Of The Sun, é o meu mais recente vicío musical. Constituidos em 2007 por Luke Steele, dos The Sleepy Jackson, e Nick Littlemore, dos Pnau, «Walking On A Dream» é o primeiro single da banda e o título do álbum de estreia que acaba de ser lançado no mercado internacional. Pela amostra percebemos que estamos perante mais uma excelente proposta da electrónica australiana. O vídeo promocional é gravado em Xangai e realizado por Josh Logue.

domingo, 2 de novembro de 2008

CSS no Coliseu

Confesso que estava com algumas expectativas em relação ao concerto dos brasileiros Cansei de Ser Sexy. Os testemunhos da primeira passagem da banda por Lisboa, em Abril de 2007, com dois concertos esgotadíssimos no Lux, eram bastante animadores e apesar do menor «Donkey», o segundo álbum de originais, «CSS», o debut para o mercado internacional, continua a ser um dos discos mais ouvidos no local de trabalho. A pop colorida e despretensiosa de «CSS» é de fácil apreensão e o festim low-tech é uma mais valia que além de me dar bastante gozo, surpreendentemente é muito bem recebido pelos ouvintes RFM. Desta forma, foi com satisfação que me desloquei ao Coliseu de Lisboa para assistir a um espectáculo que, desde o último Optimus Alive!08, ainda tinha atravessado na garganta.
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Aquando da passagem dos X-Wife pelo palco do Coliseu, o recinto encontrava-se perto de «estar às moscas». Pressenti o pior, pois não bastasse a crise financeira que chega a todos, nos dias que correm a maior oferta das promotoras de espectáculos leva a que alguns concertos não tenham a audiência desejada. Contudo, durante a animada actuação dos X-Wife os espaços lá foram ficando um pouco mais preenchidos e depois de uma set list escolhida a dedo por João «DJ Kitten» Vieira e companhia o Coliseu já tinha melhores condições para receber os CSS. Quanto aos X-Wife, uma das bandas mais entusiásticas da música portuguesa, subiram ao palco para apresentar o novo «Are You Ready For The Blackout?», mas foram os singles (principalmente os dos dois primeiros álbuns) que mais brilharam. Temas como «Eno», «Ping-Pong», «Rockin’ Rio» e «On The Radio» têm energia para dar e vender, mas confesso que os inúmeros falsetes de João Viera cansam-me e o trio deixou o palco na altura certa.
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Chegava a hora de Lovefoxxx espalhar sedução e glamour num palco repleto de balões e com duas grandes donkey-heads de espelhos penduradas no tecto do palco principal. «Jager Yoga», tema que abriu as hostilidades, parecia o manifesto perfeito para a ocasião: ritmo alto e propício para as habituais e compassadas palmas do público, uma linha de baixo pulsante, riffs certeiros que alternam com os inevitáveis sintetizadores e um refrão que não podia ser mais apropriado («We didn’t come into the world / To walk around / We came here to take you out / Come with us, we’ll make a toast»). «Meeting Paris Hilton» e «This Month, Day 10», do debut «CSS», vieram logo de seguida e o público deu os primeiros sinais de entusiasmo global ao som da funny pop que celebrizou o grupo de São Paulo. No entanto, e apesar da adesão do público ao autêntico «carrossel alegria de som e imagem» que é o espectáculo dos CSS, a postura de Lovefoxxx, que melosamente foi transmitindo um forçado sentimento de satisfação em estar de novo em Lisboa, não me pareceu a mais calorosa. Também senti que algum trabalho de sound-checking ficou por fazer, pois raramente se conseguiu perceber as palavras da vocalista. Entretanto, os temas de primeiro «CSS» («Off The Hook», «Alcohol» e «Music Is My Hot, Hot Sex») foram intercalando com os novos e mais fraquinhos de «Donkey» («Left Behind», «Rat Is Dead (Rage)», «Move», «Give Up», «I Fly» e «Let’s Reggae All Night»). Para o encore e mostrando o melhor que se viu e ouviu na passada noite de vinte e oito de Outubro a banda escolheu a extraordinária sequência «Air Painter», «Let's Make Love And Listen To Death Above» e «Alala». O espectáculo foi curto, mas festivo. Contudo, a irregularidade das propostas musicais é evidente e dadas as circunstâncias, fiquei um pouco desiludido.
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Para fechar em grande recupero o sucesso «Let's Make Love And Listen To Death From Above».
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