quarta-feira, 29 de junho de 2011

Os amigos de Manel


“Vamos ter saudades tuas bandido” reclama a discípula que se encontra ao meu lado. Um dos concertos de despedida do mui apreciado e aplaudido projecto Foge Foge Bandido entrava na sua recta final e o público, ciente que esta era uma data especial, celebrava cada canção que ia passando pelo palco do grande auditório do CCB. Canções que fizeram, e fazem, de «O Amor Dá-me Tesão / Não Fui Eu Que Estraguei» um dos trabalhos mais inspirados e, igualmente, mais importantes da pop made in Portugal. Um disco despretensioso, mas tremendamente humano. Uma obra que cativa o ouvinte desde o primeiro minuto, levando-o numa jornada fascinante entre a inocência e o erro, a maturidade e o desconhecido, o amor e o desamor. Uma verdadeira “película musicada”, segundo o próprio Manel Cruz, pelo acaso, que acabou por seduzir uma notável legião de seguidores/ discípulos/ amigos. Almas desalinhadas que encontram nas entrelinhas d’«O Amor Dá-me Tesão / Não Fui Eu Que Estraguei» o retrato de uma vida intensa. Material que subiu ao palco do CCB pela mão de cinco músicos extraordinários e que contou com a presença de uma plateia de velhos conhecidos. Quase duas horas de concerto e, no fim, o sentimento de que este bandido nos fará muita falta.

sábado, 25 de junho de 2011

The Kills | Future Starts Slow


«Future Starts Slow» é o segundo single a ser extraído de «Blood Pressures», o quarto álbum da dupla The Kills. O vídeo é realizado por Philip Andelman.

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Anna Calvi | Desire

Anna Calvi continua a promover o homónimo álbum de estreia e «Desire» é o seu mais recente vídeo. O segundo single de «Anna Calvi» foi editado a 20 de Junho e tem como lado-b uma versão de «Joan Of Arc», original de Leonard Cohen. O vídeo é realizado por Aoife McArdle.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Twin Shadow | Tyrant Destroyed

«Tyrant Destroyed» é uma das melhores canções de 2010 e um dos momentos altos de «Forget», o álbum de estreia do projecto Twin Shadow. O disco tem pouco mais de sete meses, mas continua a merecer a minha melhor atenção, principalmente por causa desta verdadeira maravilha em formato canção.

domingo, 19 de junho de 2011

Semi-estreia de Jamie Woon em Lisboa

Se há umas semanas tive a sorte de, na mesma noite, poder assistir ao espectáculo imaculado de PJ Harvey na Aula Magna e, já numa outra sala de Lisboa, às excelentes canções de Twin Shadow, no passado dia 16 de Junho tive mesmo que optar entre as cantorias americana de Ryan Adams e a sensualidade R&B meets soul and crashes into dubstep do britânico Jamie Woon. A dúvida ficou desfeita quando, através de um passatempo, me abriram as portas do antigo Armazém F para ver e ouvir as canções de «Mirrorwriting». Jamie Woon, um dos cinco nomes finalistas da lista BBC «Sound of 2011», apresentou-se em excelente forma, mostrando ser um músico extremamente versátil que respira e transpira musicalidade. As suas composições, assentes em estruturas minimalistas, sugerem ecos dubstep e uma relação íntima entre o soul e o r&b. Elementos que construíram irresistíveis momentos pop, como são exemplos «Night Air», «Spirit», «Street», «Shoulda» e «Lady Luck» e fazem de «Mirrorwriting» um dos melhores discos pop de 2011. Dados que subiram ao palco da sala de concertos recentemente estreada pela TMN. Porém, o espectáculo da passada semana não viveu só da mestria de Jamie Woon, o qual conseguiu oferecer o melhor espectáculo que lhe foi possível. Isto, porque as condições nunca foram as desejadas. O som esteve muito mau e o público presente (de notar que o evento era exclusivo a passatempos e convites) demonstrou estar mais interessado em conversar e comentar a novidade do momento (a confirmação da presença de Kanye West na edição 2011 do Festival Sudoeste). Ainda assim, e apesar das condições adversas, Jamie Woon teve uma óptima prestação no novo evento da TMN, este com especial participação da Música no Coração. Fica o desejo de vermos o britânico num local mais apropriado e com um público que valorize mais o seu trabalho de palco.



sábado, 18 de junho de 2011

Bon Iver | Calgary

Justin Vernon está de regresso aos discos e ao projecto Bon Iver. «Calgary» é o excelente primeiro single de «Bon Iver», o segundo álbum do projecto que será editado já no próximo dia 21 de Junho.

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Broken Social Scene | Sweetest Kill

«Forgiveness Rock Record», o último trabalho dos canadianos Broken Social Scene, já é de 2010, mas «Sweetest Kill», o tema do mais recente vídeo da banda, não perdeu o brilho. Sensualidade q.b. e bonança de uma das minhas bandas favoritas. O vídeo é realizado por Claire Edmondson e conta com a participação de Bijou Phillips.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Justice | Civilization

Ora cá está o novo tema, e respectivo vídeo, dos Justice. «Civilization» é o primeiro avanço para o segundo álbum da dupla francesa e conta com a colaboração do britânico Ali Love. O vídeo é realizado por Edouard Salier.

domingo, 5 de junho de 2011

Peaches | Turn It On


«Turn It On» é o novo vídeo da canadiana Peaches. O tema, um original dos Franz Ferdinand, surge no alinhamento de «Covers E.P.», disco que reúne versões de algumas das canções do mais recente trabalho da banda escocesa. O vídeo é realizado por Nice & Polite.

sábado, 4 de junho de 2011

Gil Scott-Heron (1949-2011)

Poeta, cantor e figura da música negra, Gil Scott-Heron faleceu no passado dia 27 de Maio.

sexta-feira, 3 de junho de 2011

The Stage of Oz

«The Age Of Adz», o álbum de 2010 do norte-americano Sufjan Stevens, surpreendeu tudo e todos. Contudo, as reacções não foram unânimes. Se para uns a aventura de Sufjan Stevens no fantástico mundo da electrónica não passa de um valente trambolhão, para muitos outros «The Age Of Adz» e o EP «All Delighted People» representam um marco na carreira do singer-songwriter de Detroit. Tudo bem que esta fantasia 2010 não nos traz nada de novo, no que às electrónicas diz respeito. No entanto, conhecendo o reportório de Sufjan Stevens, não posso deixar de reconhecer a coragem e, acima de tudo, a mestria do autor na hora de compor canções. Competência que se manifestou no palco do Coliseu de Lisboa. Não só porque as canções marcaram presença e posição de destaque, mas porque comprovámos, também, a arte de Sufjan Stevens na construção do espectáculo de suporte a «The Age Of Adz». Concerto quase conceptual que agarra da melhor forma os devaneios acriançados/fantásticos do excelente trabalho que lhe deu vida. Ambiências que nos transportam para um qualquer filme da Disney, num cenário repleto de cor e magia. Um espectáculo bigger than life que conta com onze elementos em palco e duas baterias, quatro órgãos, um piano, duas bailarinas, instrumentos de sopro, guitarras, baixo… Comemoração a que nos habituaram, por exemplo, uns The Flaming Lips e que, muito provavelmente, marcará um momento único na carreira de Sufjan Stevens. Entendo que será difícil voltarmos a ver, pela mão de Sufjan Stevens, todo o aparato festivo que subiu ao palco do Coliseu de Lisboa e reencontrar canções como «The Age Of Adz», «I Want To Be Well» e o soberbo «Impossible Soul» (este último ultrapassou os trinta minutos de loucura e boa disposição). Razão pela qual o concerto do passado dia 31 de Maio se mostrou único e mágico. Isto, apesar de algumas das pessoas presentes não o merecerem…



quinta-feira, 2 de junho de 2011

Cass McCombs | County Line

«County Line» é a mais recente aposta de Cass McCombs para promover «Wit's End», o quinto álbum do singer-songwriter norte-americano.