quinta-feira, 25 de novembro de 2010

The Go! Team | T.O.R.N.A.D.O.

«Rolling Blackouts», o novo trabalho dos mui estimados The Go! Team, será editado só em Fevereiro de 2011. No entanto, «T.O.R.N.A.D.O.», o seu excelente single de apresentação, já começa a criar àgua na boca. Para ouvir com o som no máximo!

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Klang Pop @ Musicbox

Os concertos, deste inigualável mês de Novembro, parecem ter terminado na passada sexta-feira, no mui apreciado Musicbox e ao som dos simpáticos Efterklang. E assim, duas semanas depois do início de um alucinante e melómano verão de São Martinho, o qual abriu, também, no Musicbox e com a festança We Have Band, regressei ao local do crime para testemunhar a estreia em palcos nacionais de um dos projectos mais interessantes da pop escandinava e fechar com chave de ouro uma verdadeira maratona de concertos. O espectáculo, completamente esgotado, prometia pop global que tanto pode seguir os paços de um Sufjan Stevens, como aventurar-se numa sedutora e melancólica viagem conduzida pelos islandeses Múm e Sigur Rós, perder-se no experimentalismo Brian Eno, ou, ainda, piscar o olho aos Coldplay e Fanfarlo. No entanto, os Efterklang não atingem a magnificência de uns The Walkmen, a inspiração de uns Broken Social Scene, ou o requinte de uns The National. Não são estupendos, nem compõem canções excepcionais, mas conseguem criar um ambiente fantástico. Foi o que aconteceu no passado dia 19 de Novembro. Canções não muito complexas e uma plateia com vontade de celebrar e engrandecer a música dos dinamarqueses. De facto, parece-me que o grande trunfo da estreia dos Efterklang em Portugal residiu na espantosa entrega do público e, consequentemente, na surpresa e automático empenho dos seis músicos que, com alguma dificuldade, se conseguiram encaixar no minúsculo palco do Musicbox. A banda apresentou «Magic Chairs», o seu mais recente trabalho, e aproveitou para recuperar alguns dos temas mais emblemáticos da sua curta discografia (especial destaque para «Morning Drift», «Step Aside», «I Was Playing Drums», «Swarming» e «Mirror Mirror»). Não me emocionou, é verdade, mas cumpriu e empolgou. Belo espectáculo que, se não me engano, criou mais um caso de culto entre o público português.

sábado, 20 de novembro de 2010

Arcade Fire | The Suburbs

Os canadianos Arcade Fire, banda que se viu obrigada a cancelar o concerto no Pavilhão Atlântico devido à cimeira da NATO, estão de regresso aos vídeos. «The Suburbs» é realizado por Spike Jonze e composto por excertos da curta metragem «Scenes From The Suburbs» (película que resulta de uma colaboração entre os Arcade Fire e Spike Jonze).

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Lykke Li | Get Some

Como prometido, e depois de revelada a versão «graphical viral backdrop» para o vídeo de «Get Some», Lykke Li apresenta, agora, o resultado final e oficial do vídeo para o seu novo single. Trabalho que é realizado por Johan Söderberg.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

The Pains Of Being Late At Lux

Aquando da entrada na discoteca Lux Frágil informaram que o espectáculo dos The Pains Of Being Pure At Heart, marcado para as 22.30, teria início só às 23.00. O habitual para concertos no Lux, pensei. No entanto, e depois de uma forçada e dispensável actuação d’Os Lábios, o público presente esperou e desesperou por algum sinal da banda de Nova Iorque. O relógio marcava 00.45 quando desisti de esperar. Lamentável não ter existido qualquer justificação, de quem quer que fosse, sobre o atraso.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

"Lisbon" em Lisboa

O recente concerto dos The Walkmen, no Coliseu de Lisboa, prometia ser de celebração. Não só pela marca deixada pela banda de Nova Iorque nas duas primeiras actuações em Portugal (ainda hoje recordo a memorável estreia, em 2008, na lindíssima sala do Teatro Tivoli), mas também porque os The Walkmen apadrinharam o seu novo trabalho de «Lisbon». Pequena homenagem da banda à cidade onde, durante os últimos três anos, mais gostaram de tocar. O público presente, ciente desse tributo, desde cedo fez por mostrar todo o seu apreço pela música dos The Walkmen. Já a banda, consciente de que esta seria mais uma noite especial, deu o que tinha e o que não tinha. Impressionante a intensidade interpretativa e a entrega de Hamilton Leithauser a cada canção. Magnífica a autoridade de Matt Barrick e a forma com que nos prende às suas desafiantes e audazes composições rítmicas (o melhor baterista rock da actualidade?). Espantosa a segurança de Paul Maroon e a serenidade e seriedade com que produz alguns dos riffs mais marcantes da última década do alternative pop-rock (“The Rat” é uma canção perfeita). Preciosos os papéis de Pete Bauer (órgão e piano) e Walter Martin (baixo e percussão) na condução sólida e revivalista da música da banda. Elementos que convergem na perfeição ao vivo, oferecendo momentos intensos e despidos (leia-se sem grandes artefactos). Foi, neste cenário de culto e profunda entrega, que os nova-iorquinos The Walkmen apresentaram «Lisbon» em Lisboa. Um concerto que começou com o tranquilo «While I Shovel The Snow» para logo depois explodir ao som de «In The New Year», «Angela Surf City» e o monumental «The Rat». Desta forma, e findados os primeiros quinze minutos de concerto, a ansiedade de ouvirmos os hits da banda de «Lisbon» esvaiu-se e a celebração transformou-se em devoção (tal como na estreia, no Super Bock em Stock, em 2008). A intensidade foi, desde então, uma constante e o sentimento de comunhão de mais um momento mágico no Coliseu dos Recreios apoderou-se de todos os presentes. Quase todos os discos de originais foram recordados, com especial destaque para a verdadeira lullaby «We’ve Been Had», de «Everyone Who Pretended To Like Me Is Gone» (2002), e a soberba «All Hands And The Cook», de «A Hundred Miles Off» (2006). Aplaudimos, de forma mais efusiva, as incursões nos obrigatórios «Bows & Arrows» (2004) e «You & Me» (2008) («Dónde Está La Playa», «On The Water» e «Canadian Girl» são pequenos tesouros em formato de canção) e deleitámo-nos com o requinte que percorre as ruas desta nova «Lisbon», cantada pelos The Walkmen. Que grande concerto!

domingo, 14 de novembro de 2010

Indian Summer VI

Depois de uma noite de descanso – que pena não ter conseguido comprar bilhete para o concerto dos The Drums – na sexta-feira rumei, de novo, ao Campo Pequeno para voltar a ver os norte-americanos Interpol. Após o registo «greatest hits» da primeira parte do espectáculo 360º dos U2, em Coimbra, a banda de Nova Iorque regressou a Portugal para apresentar o mais recente e homónimo trabalho. Disco que ficou muito aquém das minhas expectativas, é certo, mas a profunda admiração pelo passado da banda acabou por me levar ao Campo Pequeno. Texturas inquietantes e tensão penetrante que me conquistaram em 2002, com o marcante «Turn On The Bright Lights», e que, desde então, não me largaram. Ambiências que voltaram a percorrer o concerto dos Interpol, mas que, desta vez, não encontraram as melhores condições. Raros foram os momentos em que se ouviu, de forma nítida, a voz cavernosa de Paul Banks, os riffs incisivos de Daniel Kessler e os ritmos precisos de Sam Fogarino (lembro as interpretações de «Rest My Chemistry», «Slow Hands», «Lights» e, já no espectacular encore, «Hands Away» e «Stella Was A Diver And She Was Always Down»). Actuação que ficou, assim, marcada pelo som demasiado sujo e desequilibrado que acabou por manchar um alinhamento quase perfeito. Um concerto em registo «best of» que pecou por não incluir «Evil» e «No I In Threesome». De resto, todos os restantes temas obrigatórios passaram pelo palco do quase esgotado Campo Pequeno. De «PDA» a «C’mere», passando por «Rest My Chemistry», «Obstacle 1», «Narc», «Say Hello To The Angels», «Slow Hands», «Lights», «Take You On A Cruise», «Untitled», «Not Even Jail», «Hands Away» e, a fechar, «Stella Was A Diver And She Was Always Down».

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Indian Summer V

Quarta-feira foi a vez dos Vampire Weekend. Banda de Nova Iorque que desde 2008 faz as delicias de qualquer assistência. Dos indie-pop-rockers (sedentos por canções objectivas e aceleradas, como «A-Punk», «Cousins», «Mansard Roof» e «Holiday»), passando pelos pop-rockers (mais interessados em menear a anca ao som de irresistíveis exercícios pop, como «M79», «Run», «Oxford Comma», «Giving Up The Gun» e «Walcott») e terminando nos seguidores de uma minimal mas eficaz dream-pop (ouçam-se «The Kids Don’t Stand A Change», «Diplomat’s Son», «Cape Cod Kwassa Kwassa» e «I Think UR A Contra»). Portanto, música transversal e global que conquista teenagers (no fim, e à porta do recinto, os pais em busca das suas descendências comprovaram-no), melómanos à procura de pequenos tesouros servidos em formato canção e puros curiosos que tentam compreender a mescla de estilos e formas que percorre a música dos Vampire Weekend. Parece-me que a recente apresentação da banda no Campo Pequeno não terá desiludido ninguém. As músicas certas estavam lá e com elas conferimos os ritmos acelerados, a cadência afro, as electrónicas com o peso justo e a enorme propensão da banda para criar e brincar com a pop. Canções frescas e enérgicas que animaram o público do começo ao fim. No entanto, este foi um concerto mais morno que a estreia da banda em Portugal, no Optimus ALIVE!08. Um concerto demasiado simpático, com um público demasiado simpático e com canções em registo demasiado simpático. Além disso, as electrónicas que tão bons frutos nos ofereceram em «Contra», parecem não resultar tão bem no formato liveHorchata», por exemplo, foi uma sombra do original).

Indian Summer IV

A noite de terça-feira estava reservada para, ainda mais, uma estreia. Os norte-americanos !!! (Chk Chk Chk) regressavam a Lisboa para apresentar, no Lux, o último e menos inspirado álbum «Strange Weather, Isn’t It?» e eu, prendido à electrónica reverberante e tensão entusiástica de «!!!» (2000), «Louden Up Now» (2004) e «Myth Takes» (2007), não podia faltar. Os relatos, de outros concertos da banda, anunciavam autênticas maravilhas. Uma festa interminável. Combustão resultante da reacção entre a efervescência new wave electro-punk da música dos !!! e o desassossego difundido pelo incansável vocalista Nic Offer. Na verdade, a loucura que parece atacar Nic Offer aquando das suas prestações em palco e entre o público acaba por ser o combustível perfeito para a máquina !!!. Elementos que aliados ao baixo pulsante de Rafael “Riff Raff” Cohen nos despertam para uma dança luxuriante e deveras eufórica. Uma agitação frenética que compensa qualquer ida ao ginásio. Ainda assim, e apesar da soberba prestação da banda, sinto que já tiveram melhores dias («Strange Weather, Isn’t It?» não chega aos tornozelos de «Louden Up Now»). Sente-se, também, a falta de Jerry Fuchs (1974-2009), mas o concerto da passada segunda-feira provou que os !!! são uma das melhores bandas ao vivo da actualidade.

Indian Summer III

De novo na Aula Magna e para mais uma estreia. Desde 2001 que aguardava pela oportunidade de ver em palco os Black Rebel Motorcycle Club (BRMC) e, quase dez anos depois, posso afirmar que a longa espera foi muito bem recompensada. Actuação de mais de duas horas (também) que não esqueceu canções como «Red Eyes And Tears», «Six Barrel Shotgun», «Weapon Of Choice», «Spread Your Love», «Ain’t No Easy Way», «Salvation», «666 Conducer» e «Whatever Happened To My Rock ‘N’ Roll (Punk Song)». Momentos folk blues mergulhados num turbilhão dark shoegaze que ainda me provocam arrepios. Ainda assim, a prestação do icónico baixista Robert Levon Been, do incisivo guitarrista Peter Hayes e da vigorosa baterista Leah Shapiro, atingiu, também, os tímpanos. Mais uma vez ficou a sensação que o concerto resultaria muito melhor num outro espaço, onde houvessem menos cadeiras e a acústica apreciasse portentosos riffs de guitarra. Ora, se as irresistíveis melodias dos Broken Social Scene - criadas por, quase sempre, quatro guitarras e um baixo - não saíram muito prejudicadas na noite anterior, a urgência e o negrume dos ambientes BRMC mereciam outras condições. Claro que a música da banda obriga a um som retumbante, mas sem condições isso fica mais difícil. Razão pela qual o concerto ficou marcado por uma soberana prestação do trio e por uma excessiva estridência sonora, a qual dificultou, e muito, a percepção do que Robert Levon Been e Peter Hayes cantavam. Mas adorei cada minuto.

Indian Summer II

Se a festa instituída no MusicBox pelos britânicos We Have Band mereceu a minha surpresa, admiração e suor (que bem que aquele concerto me fez), a prestação dos Broken Social Scene ficou marcada pelo suor e mestria da banda de Toronto. Estreia absoluta em palcos lisboetas do colectivo fundado por Kevin Drew e Brendan Canning que, sem qualquer encore (a banda não acredita nisso), tocou até não poder mais. Mais de 120 minutos de celebração indie comandada por Kevin Drew, um excelente performer e exímio arquitecto de canções indie-rock, e acompanhada por um extraordinário colectivo de músicos, os quais vão trocando de posições, papeis e protagonismo. Se a noite era de pesadelo futebolístico, a verdade é que os Broken Social Scene animaram o mais infeliz dos adeptos benfiquistas que, felizmente, havia trocado um domingo desportivo por um serão melómano e deveras entusiástico. Um verdadeiro espectáculo dos Broken Social Scene que passou por todos os grandes momentos da sua admirável discografia e deu nova vida a «Forgiveness Rock Record» (2010). Se o meu respeito pelo universo Broken Social Scene estava garantido, depois do concerto na Aula Magna ficou intocável.

Indian Summer I

A autêntica maratona de concertos de Novembro começou no MusicBox e ao som dos festivos We Have Band. Trio britânico que editou este ano o seu animado álbum de estreia «WHB». Disco que desconhecia e que continuo a desconhecer, pelo menos as versões estúdio da maior parte dos temas apresentados no passado sábado. Música que não traz nada de novo, é certo, mas que nos ofereceu um belo concerto. Baixo pulsante a evocar os !!!, beats harmoniosos a la Hot Chip, riffs que recuperam o hype Klaxons e refrões catchy capazes de se entranhar e viciar as nossas mentes e sistema motor. Temperos que articulados com a musicalidade de Darren Bancroft, a subtil punk attitude de Thomas WP e a pose de Dede WP formam o cenário perfeito para uma agradável noite de música e dança. Serão em que confirmamos a potencialidade dance-indie-rock dos seus singlesDivisive», «You Came Out» e «Oh!») e descobrimos outros quantos temas capazes de os ombrear («Honeytrap», «Time After Time» e «Love, What You Doing?»). Canções que não hão-de provocar grande mossa no panorama musical de 2010, mas que foi o fio condutor de uma grande noite no MusicBox.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Patrick Wolf | Time Of My Life

Patrick Wolf, singer-songwriter britânico que despertou a atenção de muitos com o soberbo «Wind In The Wires» (2005), anunciou a edição de um novo single para o dia 6 de Dezembro. «Time Of My Life» servirá de avanço ao quinto álbum de originais, a editar em 2011.