domingo, 12 de dezembro de 2010

Back to deftones

As últimas semanas têm-se revelado numa verdadeira roda-viva em termos de espectáculos ao vivo. Concertos para todos os gostos que têm preenchido a agenda cultural de muitos e desocupado a carteira de muitos outros. A noite da passada quinta-feira estava a cargo dos norte-americanos Deftones, banda que regressava a Portugal para apresentar o seu mais recente trabalho «Diamond Eyes». Impulsos de última hora, os quais pretendiam agitar um pouco o quotidiano e recuperar algum do entusiasmo vivido na passagem do milénio, levaram-me a participar num dos passatempos que ofereciam ingressos para o dito concerto. Bingo! A Radar patrocinou o escape e eu regressei ao passado para reviver alguma da irreverência que percorreu os meus dezoito / dezanove anos de idade. Uma viagem alucinante e visceral que, sem quaisquer paragens em apeadeiros, acabou por tonificar o meu final de semana. Julgo que já tive a oportunidade de aqui referir a minha admiração pelos Deftones e, de forma particular, pelos extraordinários «Adrenaline» (1995), «Around The Fur» (1997) e «White Pony» (2000). Tenho acompanhado a história da banda de Sacramento, mas confesso que nunca mais voltei a render-me aos seus registos. «Diamond Eyes» não surpreende, mas revela um grupo de músicos consistente e ainda com muito para dar ao rock norte-americano. Facto que ficou ainda mais evidente com a prestação dos Deftones no Campo Pequeno. Espectáculo marcado por um alinhamento quase perfeito (por onde andou o hino «Bored» e as aventuras pelo mundo pop «No Ordinary Love», «Lucky You», «The Chauffeur» e «Teenager»?) e uma incansável actuação de Chino Moreno, capaz de deixar qualquer um sem fôlego. Ainda assim, e sem poder retirar o protagonismo à impressionante entrega de Chino Moreno (sem dúvida, ainda um dos grandes vocalistas e frontman da actualidade), foi um regalo ouvir as sequências «Around The Fur», «My Own Summer (Shove It)», «Be Quiet And Drive (Far Away)», «Elite», «Knife Party», «Korea» e «Digital Bath»; «Minerva», «Passenger», «Change (In The House Of Flies)» e «Back To School (Mini Maggit)»; e, em formato de encore, «Birthmark», «Root», «Engine Nº 9» e «7 Words».
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