domingo, 19 de junho de 2011

Semi-estreia de Jamie Woon em Lisboa

Se há umas semanas tive a sorte de, na mesma noite, poder assistir ao espectáculo imaculado de PJ Harvey na Aula Magna e, já numa outra sala de Lisboa, às excelentes canções de Twin Shadow, no passado dia 16 de Junho tive mesmo que optar entre as cantorias americana de Ryan Adams e a sensualidade R&B meets soul and crashes into dubstep do britânico Jamie Woon. A dúvida ficou desfeita quando, através de um passatempo, me abriram as portas do antigo Armazém F para ver e ouvir as canções de «Mirrorwriting». Jamie Woon, um dos cinco nomes finalistas da lista BBC «Sound of 2011», apresentou-se em excelente forma, mostrando ser um músico extremamente versátil que respira e transpira musicalidade. As suas composições, assentes em estruturas minimalistas, sugerem ecos dubstep e uma relação íntima entre o soul e o r&b. Elementos que construíram irresistíveis momentos pop, como são exemplos «Night Air», «Spirit», «Street», «Shoulda» e «Lady Luck» e fazem de «Mirrorwriting» um dos melhores discos pop de 2011. Dados que subiram ao palco da sala de concertos recentemente estreada pela TMN. Porém, o espectáculo da passada semana não viveu só da mestria de Jamie Woon, o qual conseguiu oferecer o melhor espectáculo que lhe foi possível. Isto, porque as condições nunca foram as desejadas. O som esteve muito mau e o público presente (de notar que o evento era exclusivo a passatempos e convites) demonstrou estar mais interessado em conversar e comentar a novidade do momento (a confirmação da presença de Kanye West na edição 2011 do Festival Sudoeste). Ainda assim, e apesar das condições adversas, Jamie Woon teve uma óptima prestação no novo evento da TMN, este com especial participação da Música no Coração. Fica o desejo de vermos o britânico num local mais apropriado e com um público que valorize mais o seu trabalho de palco.



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