sábado, 31 de março de 2012

Só Mais Um Começo



"O Manel Cruz não sabe fazer coisas más", comenta alguém no final do concerto de apresentação dos SuperNada, o outro projecto do músico formado em 2002 com Ruca Lacerda (guitarra), Francisco Fonseca (bateria), Miguel Ramos (baixo) e Eurico Amorim (teclas). Volvidos dez anos, os quais foram atestados pelos episódios Pluto e Foge Foge Bandido, Manel Cruz e companheiros do "super nada" reúnem as várias experiências que foram registando entre 2006 e 2011 e editam «Nada é Possível», disco de estreia composto por dezasseis temas de um rock duro e mais directo (ouçam-se «Pai Natal», «A Estética da Ética», «Anedota», «Letras Loucas» ou mesmo «Perigo de Explosão» e o tema de apresentação «Arte Quis Ser Vida»). Ainda assim, os SuperNada são um misto do "punk moda funk" de «Cão», o som mais cru e duro dos Pluto e o conceito mais jazzístico da demente correria Foge Foge Bandido. Tudo muito bem condimentado pelo carisma de Manel Cruz e pelos riffs portentosos de Ruca Lacerda (para quem não se recorda, o baterista nos Pluto). Portanto, a noite foi dominada por canções. Canções mais directas e, também, mais angulosas. Momentos que agradaram, confirmando a mestria de Manel Cruz no papel de letrista, vocalista e líder de uma banda rock, e baralharam quanto ao que poderá ainda vir deste outro grupo de Manel Cruz, que de nada não tem nada.

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