sábado, 28 de julho de 2012

Lisbon, Oh...


Já no encore, Justin Vernon pede a ajuda do público para entoar «What might have been lost» e, assim, emoldurar «The Wolves (Act I AndII)». Seguiu-se, para fechar a noite, «For Emma» e nós, dominados pela demanda do desassossego dos Bon Iver, sentimos que Justin Vernon e os restantes oito elementos em palco nos dedicavam antes um For Lisbon. Não que a cidade reclamasse mais essa invocação (recorde-se «Lisbon, Oh», do último trabalho «Bon Iver»), mas aquele encontro no Coliseu merecia uma despedida própria. Naquele momento, depois de nos termos perdido pelas invernosas composições de «For Emma, Forever Ago» e aproximado ainda mais das visões paisagistas e contemplativas de «Blood Banks» e «Bon Iver», era o que fazia sentido. Justin Vernon, cumprindo com o ritual, anunciava o seu fascínio pela cidade de Lisboa e carinho pela sala (esgotada há mais de três meses) que o acolhia de braços abertos. Já a banda, quase uma Justin Vernon Band, ou seja, uma versão mais indie e mais folk da Dave Matthews Band, apresentou as canções de Justin Vernon em versões mais rock. O que ninguém estranhou, nem mesmo as canções, pois o percurso sonoro dos Bon Iver já o antevia. Contudo, momentos houve em que a singularidade da música e da voz de Justin Vernon nos levou ao mesmo lugar onde já havíamos descoberto «Flume», «Skinny Love», «re: stacks» e «For Emma». For Lisbon, forever ago…

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