terça-feira, 17 de julho de 2007

Viagens à tasca

Recebemos a confirmação na caixa de correio electrónico de que ‘aquilo’ (ler texto «Viagens à tasca – Parte 2») estará disponível dentro de 3 dias… 3 dias??? Grrrrrrrrrrrr… 3 dias depois fazemos a procissão a Meca, ou melhor, à tasca. «Our Love To Admire» é ‘aquilo’ que finalmente nos chega às mãos. Para os mais atentos e por mais € 1, há direito à Edição Limitada Deluxe assinada pelos 4 membros da banda. Porém, e no que toca à música, confesso que o disco já estava mais que ouvido (a Internet é a maior invenção do século XX).
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Ora vejamos, os Interpol são incapazes de construir más canções. Novidades ao 3.º disco? Exceptuando «Pioneer To The Fall», «No I In Threesome», «Rest My Chemistry», «Wrecking Ball» e «The Lighthouse» as restantes peças são perfeitamente identificáveis com exercícios do passado. No entanto, e como referi os Interpol são incapazes de nos apresentar más composições. Adoptando uma visão futebolística, podemos afirmar que no sector das guitarras eléctricas Paul Banks e Daniel Kessler sempre se entenderam na perfeição. É como se jogassem de olhos fechados, dirão muitos treinadores de bancada. A combinação de riffs, de ritmos e de ambientes é a mais valia desta equipa que busca influências nos distantes anos 70 e inícios de 80 em terras de Sua Majestade. Se «Turn On The Bright Lights» foi um início promissor, em que a noite era celebrada por brilhantes focos de luz negra, «Antics» foi uma competente sequela. «Our Love To Admire», além de representar a estreia dos Interpol numa major, regista a primeira cooperação com um produtor externo à banda. Se os dois primeiros discos foram produzidos pelos próprios Interpol, em 2007, Rich Costey (habitual parceiro dos britânicos Muse) ajudou a ‘aperfeiçoar’ «Our Love To Admire». Directa ou indirectamente relacionado com esta «abertura», a banda opta por mudar a sua imagem. Como Paul Banks canta em «No I In Threesome», «Maybe it’s time we give something new a try».
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Apesar do aparecimento súbito dos animais selvagens e de um «quinto elemento», as keyboards, o negrume característico mantém-se. Agora podemos, de certa forma, sentir forças opostas em pleno combate. Uma constante luta pela sobrevivência, pois inconscientemente as guitarras soam mais musculadas, o suor é agora visível e a adrenalina é mais real. Contudo, somente 50% de «Our Love To Admire» soa a novo e inovador na carreira dos Interpol. Mas os Interpol são incapazes de nos dar má música.

1 comentário:

Anónimo disse...

já me arranjaram (cof cof...) o novo dos interpol mas ainda n lhe prestei mta atenção. tenho ouvido mais os antigos, tenho de ver se perco algum tempo a degustar o novo.

vou só deixar os parabéns ao blog :) vou adicionar o link ao meu pq pelo q vi terei vontade d voltar cá!