domingo, 2 de março de 2008

Ga Ga Spoon

Há coisa de uma semana e a meio de mais um fim-de-semana a trabalhar de graça lá rumei à Aula Magna para assistir à agradável e há muito esperada estreia dos texanos Spoon em Lisboa. Na bagagem, Britt Daniel e companhia traziam o excelente «Ga Ga Ga Ga Ga» e alguns excertos de outros grandes momentos da já extensa carreira discográfica dos Spoon. A sala encontrava-se a meio gás, o que em parte poderá explicar o facto de ter adquirido o tão desejado ingresso à porta do espectáculo e com uma apetecível promoção. Depois dos rotineiros acertos iniciais, o público foi acomodando-se à ideia da sala não estar cheia para receber uma das bandas mais frescas da cena indie rock norte-americana. No entanto, foram a força e o suor dos músicos que encheram a Aula Magna e aqueceram as hostes. O grande destaque foi para «Ga Ga Ga Ga Ga», sexto álbum de carreira e uma das melhores obras discográficas de 2007. «My Little Japanese Cigarette Case», «Don’t You Evah», «Rhtmn And Soul» e «Stay Don’t Go» abriram as hostilidades de um concerto repleto de energia positiva, boas vibrações, ritmos cool, muito suor e alguma intimidade. Já sabíamos que a sensualidade e elegância sonoras dos Spoon combinavam muito bem com a quente voz de Britt Daniel em disco. Ao vivo o resultado é ainda mais desconcertante, pois a entrega é total e a sedução é mais real. Temas como «I Summon You», «The Ghost Of You Lingers», «Small Stakes», «Don’t Make Me A Target», «The Way We Get By», «The Underdog», «I Turn My Camera On» e «You Got Yr. Cherry Bomb» aqueceram ainda mais a sala e alguns corpos soltaram-se, saltando do lugar e meneando-se ao som dos Spoon. Na primeira parte vimos e ouvimos Mazgani que apresentou o seu álbum de estreia «Song Of The New Heart». Depois de ter assistido à sua discreta apresentação a solo na abertura do concerto de Kurt Wagner, no Santiago Alquimista, desta vez houve espaço para a sua banda suporte e os «ventos loucos» iranianos ganharam alguma forma. Contudo, essa mesma forma vive sempre à sombra de «Grace», de Jeff Buckley. Ainda não foi desta que me convenceu.
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A fechar deixo uma gravação da passada noite de 23 de Fevereiro para o tema «Rhthm & Soul».

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