domingo, 14 de novembro de 2010

Indian Summer VI

Depois de uma noite de descanso – que pena não ter conseguido comprar bilhete para o concerto dos The Drums – na sexta-feira rumei, de novo, ao Campo Pequeno para voltar a ver os norte-americanos Interpol. Após o registo «greatest hits» da primeira parte do espectáculo 360º dos U2, em Coimbra, a banda de Nova Iorque regressou a Portugal para apresentar o mais recente e homónimo trabalho. Disco que ficou muito aquém das minhas expectativas, é certo, mas a profunda admiração pelo passado da banda acabou por me levar ao Campo Pequeno. Texturas inquietantes e tensão penetrante que me conquistaram em 2002, com o marcante «Turn On The Bright Lights», e que, desde então, não me largaram. Ambiências que voltaram a percorrer o concerto dos Interpol, mas que, desta vez, não encontraram as melhores condições. Raros foram os momentos em que se ouviu, de forma nítida, a voz cavernosa de Paul Banks, os riffs incisivos de Daniel Kessler e os ritmos precisos de Sam Fogarino (lembro as interpretações de «Rest My Chemistry», «Slow Hands», «Lights» e, já no espectacular encore, «Hands Away» e «Stella Was A Diver And She Was Always Down»). Actuação que ficou, assim, marcada pelo som demasiado sujo e desequilibrado que acabou por manchar um alinhamento quase perfeito. Um concerto em registo «best of» que pecou por não incluir «Evil» e «No I In Threesome». De resto, todos os restantes temas obrigatórios passaram pelo palco do quase esgotado Campo Pequeno. De «PDA» a «C’mere», passando por «Rest My Chemistry», «Obstacle 1», «Narc», «Say Hello To The Angels», «Slow Hands», «Lights», «Take You On A Cruise», «Untitled», «Not Even Jail», «Hands Away» e, a fechar, «Stella Was A Diver And She Was Always Down».

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