quarta-feira, 7 de novembro de 2012

The xx²

Continuo a minha pesquisa pela pop de 2012 e pelas recentes apostas na hora de comprar música. Faço-o, agora, com um dos produtos que mais me impressionou nos últimos tempos. Os The xx, banda de miúdos ingleses que mostram gosto pela melodia e pela definição do tempo e espaço numa canção, editaram este ano «Coexist», o seu segundo álbum e o sucessor do aplaudido «xx» (o vencedor do Mercury Prize de 2010). As espectativas eram grandes, para saber como é que o, agora, trio ia dar seguimento à fórmula que tanto nos deu e que encontra inspiração no modus operandi Young Marble Giants e sonoridades Cocteau Twins Vs. Siouxsie and the Banshees. Receita sombria e minimalista que mistura o dubstep com o R&B, explorando o jogo de voz e registo “boy meets girl”. «Coexist» é «xx»². O novo disco solidifica o minimalismo noctívago e o gosto pela definição. As suas canções são mais trabalhadas e mais focadas no pormenor. Notamos, também, algumas tentativas da banda dar novos passos. Jamie “xx” Smith introduz novos ritmos e beats que mostram os The xx num novo patamar (em «Reunion» e «Sunset» vemo-los apostados em chegar às pistas de dança). Mas o resultado volta a ser melancólico, sedutor e até viciante («Chained», «Fiction» e «Missing» são canções belíssimas). Música solene, intima e de cadência lânguida que até parece de fácil construção. E com isto os britânicos The xx seguem criando uma discografia ímpar para os dias de hoje.

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